terça-feira, 30 de novembro de 2010

Eu ja sei postar

Olha o quanto eu já aprendi usando as tecnologias e a cooperação em rede!!!
As relações cooperativas que se desenvolvem nas atividades coletivas devem ter destaque no planejamento pedagógico. Afinal, como disse Andréa Cecília Ramal, o professor precisa transforma-se num arquiteto cognitivo, num dinamizador de grupos. O papel dos professores será o de traçar o cenário onde as interações irão ocorrer, cenários que potencializem a aprendizagem, a convivência, o respeito mútuo etc.
A experiência e capacidade crítica dos professores são então os principais recursos que as novas gerações necessitam para poder aprender a dar valor à cooperação e à solidariedade. E, desse modo, estarão preparados para participar de modo significativo na Sociedade da Informação.
Sabemos que atitudes cooperativas precisam ser aprendidas e valorizadas eticamente. Nas nossas atuais práticas pedagógicas, estamos conseguindo ensinar nossos alunos a cooperar, desde que fiquemos atentos ao bom uso das tecnologias para os nossos alunos, informando-os como é possível fazer uso das mídias procurando e interagindo com seriedade.
A realização do meu projeto integrado de aprendizagem está me  preparando para enfrentar este desafio pois me deu oportunidade de conhecer, navegando,  usufruir desse vasto material que  está disponível na Internet sabendo selecioná-lo e interagindo e  cooperando,  postando  no blog e compartilhando as boas informações.Foi muito bom participar como leitor, depois como autor e por ultimo com a dimensão da produção cooperativa on-line! De certa forma, já estou atuando de forma cooperativa, não é? O blog é uma produção coletiva e está disponível para que outras pessoas possam usufruir. Assim, estou contribuindo com minha parte.
Avançamos bastante no nosso propósito de tentar compreender as tecnologias digitais e o como elas são tão importantes para a nossa vida e a nossa profissão. Analisamos o papel das ações cooperativas em rede no aprendizado.
Tomamos contato com algumas ferramentas de produção e veiculação de conteúdo digital, dentre elas as ferramentas do tipo Wiki que permitiram a construção cooperativa e anônima de uma grande enciclopédia em diversas línguas. Aprendemos como esta enciclopédia se estrutura e iniciamos nossa reflexão enfrentando algumas das polêmicas sobre o seu uso na escola.
Conversamos ainda sobre o compartilhamento de conteúdo em diversos formatos, vídeos, slides etc., conteúdos que podem ser referenciados a partir de outras páginas da Internet. Aprendemos a incorporar a visualização de um vídeo no nosso próprio blog.
Enfim, a produção colaborativa transforma-se no principal valor, apostando-se que quanto mais interagentes participarem da construção coletiva, mais bens públicos podem ser compartilhados por todos os participantes.
Maria Helena

A história local dos afro-descendentes

Professora: Maria Helena dos Santos

               A história local dos afro-descendentes

Bloco de Conteúdo:História




ObjetivosEstabelecer relações entre passado e presente, discutindo mudanças e permanências nas relações sociais.
Estabelecer uma ponte entre o conteúdo estudado e sua vida cotidiana por meio de estudos da história local.
Compreender e valorizar elementos das culturas africanas e de afro-descendência.
Ampliar o conceito de cidadania, discutindo questões como respeito à diversidade, religiosidade e sincretismo, preconceito, direitos, inclusão.

Anos
7º, 8º e 9º anos

Tempo estimado
3 aulas e atividades extra-classe em prazo a ser definido pelo professor.

Material necessário
Câmeras fotográficas, gravadores ou mp3 player, computador com acesso à internet.

Introdução A importância de se estudar a história de africanos e de afro-descendentes está relacionada às profundas relações que guardamos com a África. No geral, somos frutos dos encontros e confrontos entre diferentes grupos étnicos como indígenas, europeus, africanos e outros.
Entendemos que história do Brasil e história da África estão intimamente relacionadas, cabendo ao professor ampliar a discussão sobre, por exemplo, a escravidão, introduzindo elementos da história dos africanos, de sua cultura e não tratá-los como simples mercadoria que enriquecia europeus e tiveram seu trabalho explorado à exaustão no Brasil antes e após a independência política.
Nessa perspectiva, não podemos tratar a questão africana apenas do ponto de vista da escravidão, como se fosse uma questão isolada e superada pela assinatura da Lei Áurea em 1888. Um ponto de partida para ampliar nossa visão e tentar superar as visões estereotipadas sobre o tema é procurar recuperar os elementos da resistência negra, suas formas de luta e de organização, sua cultura, não apenas no passado, mas também no tempo presente.

Desenvolvimento
1ª. etapa
Comece o trabalho explorando com os alunos os elementos da história africana e/ou da presença africana na História do Brasil que eles já tenham estudado. Procure levantar os conhecimentos dos alunos acerca das relações sociais estabelecidas, das visões que foram construídas sobre africanos e afro-descendentes no Brasil, sobre a cultura africana e/ou a mescla de culturas que se convencionou chamar "cultura brasileira" com forte influência de elementos africanos. É possível que surjam respostas que remetam a determinados assuntos como alimentação, música, dança, lutas e religiosidade. Se não surgirem, instigue-os a refletir sobre a presença ou ausência desses elementos no modo de vida deles.

Após essa conversa inicial, convide os alunos para explorar o site www.acordacultura.org.br, que mostra informações sobre a cultura negra africana em forma de jogos, livros animados, vídeos, músicas e textos.
A exploração do site é apenas um ponto de partida para a discussão que poderá ser fundamentada em conhecimentos anteriores dos alunos, de acordo com os conteúdos previstos no currículo de História, como:
- História da África, incluindo elementos da cultura e religiosidade etc. (o período variando de acordo com o ano/série dos alunos).
- Escravidão no Período Colonial e/ou no Período do Império. As lutas e as formas de resistência, e elementos da cultura trazida pelos africanos.

Proponha aos alunos um trabalho de investigação da presença da cultura negra na localidade e das relações sociais estabelecidas entre os diferentes grupos étnicos, por meio de entrevistas. O objetivo é fazer com que os alunos percebam as relações entre o passado (os conteúdos estudados em História) e o tempo presente, observando as mudanças e permanências nas relações estabelecidas entre os diferentes grupos étnicos e da situação dos afro-descendentes na sociedade brasileira. Essas pesquisas podem ser incluídas em um blog produzido pela classe. Será um espaço de debate virtual em que os alunos da escola e os moradores da comunidade local poderão trocar ideias sobre o assunto.

2ª etapa
Agora é o momento de planejar as entrevistas. Divida a turma em grupos de quatro ou cinco alunos e faça a mediação dos seguintes pontos:

- O levantamento de afro-descendentes que sejam moradores antigos da localidade para serem entrevistados.

- Combinar com os alunos se as entrevistas serão realizadas na escola ou na casa dos entrevistados.

- Elaborar as questões que serão feitas aos entrevistados. Exemplos de coleta de bons depoimentos podem ser encontrados no portal do Museu da Pessoa (www.museudapessoa.net).
O questionário deverá ter:
Nome
Idade
Há quanto tempo mora na localidade,
Profissão, atividades que exerceu
Religião
O lazer no passado e no presente
Os tipos de música e de dança preferidos do passado e do presente
Se sofre ou já sofreu discriminação por ser afro-descendente
Participa de organizações como clubes, associações de moradores, ONGs que lutem pela defesa dos direitos dos afro-descendentes
Outras questões sugeridas pelos alunos a partir dos estudos realizados

- A definição das formas de registro da entrevista

- Reforçar com os alunos a importância do respeito aos entrevistados.

- O estabelecimento de uma data para que os materiais coletados sejam levados para a classe.

3ª. etapa
Os grupos de alunos deverão realizar as seguintes atividades:

- Contatar os moradores escolhidos, explicando o objetivo da entrevista.

- Gravar as entrevistas com equipamentos de áudio (gravadores, mp3 player etc.)

- Pedir permissão para fotografar os entrevistados

- Perguntar se eles possuem fotos antigas ou outros objetos e se permitem que eles sejam fotografados para compor o trabalho final.

No retorno do trabalho, em sala de aula, você deverá mediar a socialização das experiências de cada grupo por meio da discussão:
- como se deu a interação com os entrevistados
- quais foram as informações obtidas
- as semelhanças e diferenças entre as respostas dos entrevistados

4ª. etapa A partir das entrevistas e dos materiais coletados, é possível recuperar um pouco da história das relações sociais na localidade, da presença (ou não) de discriminação de afro-descendentes e de elementos da cultura de origem africana.

Produto final
O material coletado pode ser organizado:
- em um painel com fotos e informações escritas
- elaboração coletiva de um blog que poderá conter as gravações das entrevistas, depoimentos de alunos sobre o tema, mudanças e permanências nas relações sociais na localidade, espaço para postagem de sugestões sobre a formas de combate ao preconceito e à discriminação racial.
SOCIALIZAÇÃO COM  A  COMUNIDADE
Todos os dados das entrevistas, o painel de fotos, o blog com os depoimentos e as gravações das entrevistas, deverão ser socializadas no dia da Mostra Cultural em que a escola irá convidar a comunidade para apreciação dos projetos desenvolvidos durante o ano letivo. Neste dia ainda poderão ser convidados as pessoas que foram entrevistadas, como convidados especiais, e  algum grupo da cidade poderá trazer uma apresentação cultural, ou os alunos poderão apresentar uma coreografia  do Olodum, de Hip Hop,  danças regionais, apresentações da cultura  regional, ou qualquer outra pertinente ao tema estudado. Haverá ainda  convite à imprensa local, para divulgação do evento nas mídias escritas e faladas, proporcionando assim  divulgação e valorização do projeto realizado.  
Avaliação
Os pontos que deverão ser avaliados são:
- envolvimento e participação dos alunos nas discussões em grupos
- pertinência das informações e dos materiais coletados
- organização e clareza das informações no painel e nos textos e áudios postados no blog.


Quer saber mais?
BibliografiaBARBOSA, R. M. Ambientes virtuais de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed.
BITTENCOURT, Circe Maria F. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo, Cortez.
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade. Lembranças de velhos. Companhia das Letras.
LUCENA, Célia Toledo. Artes de lembrar e de inventar: (re) lembranças de migrantes. São Paulo, Arte & Ciência.

Na internetPt.wikipedia.org/wiki/Podcast
informatica.hsw.uol.com.br/web-206.htm
www.acordacultura.org.br
aldeiagriot.blogspot.com www.arteafricana.usp.br/index.html
www.palmares.gov.br
www.ritosdeangola.com.br/news.php
www.capoeiradobrasil.com.br

Materiais para aprofundar a discussão sobre racismo:
www.dialogoscontraoracismo.org.br


Consultoria Eliete Toledo
Professora de História e co-autora das coleções didáticas "História: conceitos e procedimentos" e "História: cotidiano e mentalidades".


Este projeto foi organizado e postado  no Portal da Nova Escola, adaptado e reorganizado pela cursista de mídias Maria Helena. ( readaptado de acordo com a realidade da escola em que trabalho, pois é semelhante ao trabalho do projeto desenvolvido por professores  neste ano de 2010), sendo que no Portal está  mais adequado e criativo.



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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A tecnologia em benefício da Educação. - Marta Cristiana Lucena Ramos

Nos dias atuais estamos rodeados de várias tecnologias, celular, computador, câmera digital, internet, rádio, televisão e outros, novas tecnologias surgem para facilitar a vida das pessoas, estão á disposição de todos. Os profissionais da Educação utilizam esses meios no processo ensino-aprendizagem?
Infelizmente apesar de tantos recursos tecnológicos, muitos profissionais da Educação não estão preparados para usarem esta tecnologia. Ainda há resistência em inovar e enriquecer suas aulas utilizando esses meios, pois aquilo que é novo sempre assusta e querer mudanças de pensamentos e comportamentos. Quando o quadro negro chegou às escolas muitos professores se assustaram e se recusaram em usá-lo, estavam acostumados a professar suas aulas em cima de um púlpito, usando apenas a oralidade. No entanto hoje todos os professores utilizam essa mídia.
Quando os livros chegaram, pensaram que acabariam com os professores, mais não foi o que aconteceu, é necessário um professor para orientar o uso dessa mídia impressa de maneira adequada.
Até pouco tempo as tecnologias na Educação eram sonho, hoje muitas escolas tem televisão a cabo, DVD, projetor, computador, internet e outros, o professor é desafiado a acompanhar a evolução tecnológica, talvez por isso ainda haja resistência.
É importante dizer que essas mídias sozinhas não produzem conhecimento e nem ensinam, nenhuma dessas mídias sem a mediação do professor pode melhorar a qualidade de ensino. O professor provavelmente nunca será substituído pela mídia, por isso deve se apropriar dessas tecnologias usufruindo o que cada uma tem de bom e usar de maneira que suas aulas sejam mais interessantes, motivadores e prazerosas.
As tecnologias podem melhorar o processo de ensino e aprendizagem, elas ampliam as possibilidades do professor ensinar e o aluno aprender, são um auxilio no processo educativo.


* é acadêmica do curso de pedagogia.